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As Tralhas da Alex

02
Jul20

10 Dicas para Renovares a tua Casa

Alex

Não me sentava ao computador para escrever há meses. Muito por culpa da falta de inspiração (deve ter sido levada pelo confinamento!!) mas também porque me tenho dedicado mais ao Podcast. Já conhecem As Tralhas D’Eles Podcast, hum?! No meio de tudo isto uma mudança de casa também não tem ajudado muito à disponibilidade e calma que é necessária à escrita mas cá estou eu novamente. Escrevo-vos precisamente da minha nova sala. Tem sido um longo percurso de obras e remodelações mas está, finalmente, tudo a compor-se. Como tenho andado muito focada na decoração gostava de partilhar convosco algumas dicas sobre renovar a casa. Volta e meia bate aquela vontade de mudar, não é? Por isso, aqui ficam algumas dicas que vos podem ser úteis se também estão a pensar dar um look novo ao vosso cantinho:

 

  1. Pôr papel de parede – No meu caso tinha experiência zero nesta matéria. Sempre achei que ficava lindo mas nunca tinha tido a coragem de me aventurar neste capítulo. Enchi-me de coragem e foi mesmo desta que decidi arriscar na parede do quarto. Sendo uma divisão que se quer muito relaxante procurei um papel com padrão (tentei fugir ao standard das riscas!) mas que ao mesmo tempo não fosse demasiado intenso. Existem muitas opções de cores, padrões e preços, pelo que não há desculpa para não conseguir escolher um. Dependendo do tipo de papel de parede, a tarefa de colocação pode ser mais ou menos árdua. Mas, pela experiência, não me pareceu o bicho de sete cabeças que pensei que fosse. Fica super giro e as divisões ganham uma vida completamente diferente.

 

  1. Pintar uma parede de cor diferente – Caso não queiram aventurar-se com o papel de parede, podem sempre experimentar pintar uma parede de outra cor. Caso tenham a base das paredes branca é muito simples combinar uma qualquer cor. No meu caso escolhi pintar uma parede da sala de cinza e o resultado agradou-me bastante.

 

  1. Reciclar Mobiliário/Objetos – Temos sempre peças de mobiliário ou alguns objetos espalhados por casa dos quais já estamos um bocadinho cansados, pelo que aproveitar para lhes dar uma nova vida é uma ótima sugestão não só porque evitamos gastar dinheiro em novas peças como porque, de repente, nos podemos apaixonar por elas novamente. Por exemplo, colocar uns puxadores novos numa cómoda ou até umas tachas pode ser uma solução engraçada. Aqui por casa, acabei por reciclar um móvel que já existia para arrumar vinis. Bastou colocar-lhe uns pés metálicos baratuchos et voilá, parece outro móvel. Também podem optar sempre por pintar móveis de outra cor que ficam muito giros.

 

  1. Fazer uma composição de quadros/fotografias – é capaz de ser uma das coisas que mais gosto de ver numa parede. Confere-lhe muita identidade e acho um elemento decorativo relativamente simples de conseguir. Confesso que, no meu caso, o que me custa mais é mesmo escolher as fotos (e ir fazer a impressão!!) porque temos milhentas nos telefones, escolher alguns posters ou quadros porque gosto de muita coisa diferente. Há quem aposte também, por exemplo, em forrar uma parede com pratos de vários tamanhos e feitios. Podem até aproveitar alguns mais antigos que tenham esquecidos lá por casa.

 

  1. Mudar almofadas, tapetes, cortinas e acessórios decorativos – Caso não queiram mudanças muito profundas no visual da vossa casa podem optar apenas por trocar aquelas almofadas de que já estão fartos, o tapete ou os cortinados por outros com cores, padrões e texturas diferentes. Eu optei por fazer um restyling completo nesta matéria e acabei por trocar tudo, mudando completamente o jogo de cores da casa.

 

  1. Alterar a disposição dos móveis – Esta pode ser uma boa opção para ganharem uma divisão nova com praticamente investimento zero. Idealizem o projeto, tirem medidas, façam um esboço e passem à ação. Basta alterar o lay out de uma divisão (se o espaço assim o permitir) para sentirmos que estamos num local novo.

 

  1. Dar uma nova vida aos espaços exteriores – Seja um jardim, um terraço ou uma varanda a quantidade de soluções para os espaços exteriores são imensas e cada vez mais giras. Apostem no mobiliário de exterior como mesas, cadeiras, baloiços, redes e tentem criar, se possível, várias zonas (refeição, lazer, relax). No meu caso, vou passar a ter varandas, pelo que investi também algum tempo no decor desta área. Tratei de arranjar um espaço de refeições, outro de arrumação e outro de relax onde tenho uma cadeira de baloiço e duas de rede. Apostei nas plantas (sobretudo as aromáticas) e na iluminação de exterior para deixar o espaço convidativo e confortável.

 

  1. Destralhar – Quando se faz uma mudança penso que este é um dos temas mais importantes, uma vez que é o momento por excelência para fazermos uma limpeza mais a fundo aos armários, estantes e caixas espalhadas lá por casa e aproveitarmos para nos livrar das tralhas que vamos acumulando ao longo do tempo.

 

  1. Apostar na arrumação/funcionalidade – Não adianta muito fazer uma mudança só porque fica bonito se, no fim do dia, não é prático nem funcional. Pessoalmente, não gosto de casas muitos cheias de mobiliário, o que torna a tarefa da arrumação um pouco mais complexa. No entanto, uma casa arejada, com arrumação suficiente será sempre mais funcional do que uma que esteja cheia de mobília até ao teto. E, acreditem que, quanto mais móveis tiverem, mais vão tentar enchê-los. Por isso, a palavra de ordem é Destralhar!

 

  1. Alterar a iluminação – Acho a iluminação muito importante numa casa, sobretudo porque, em muitos casos, nos ajuda a criar aquela sensação de conforto (apostem nas luzes mais amareladas para este efeito). Ter vários pontos de luz fixos ou suspensos, especialmente quando as divisões são grandes, é fundamental na decoração de um espaço.

 

E vocês quais as vossas dicas no que respeita a decoração de casa? Contem-me tudo!

24
Abr20

A minha quarentena é melhor que a tua!

Alex

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Parece que estamos todos de quarentena menos as redes sociais. Desde que começou a saga do isolamento obrigatório que, os/as influencers digitais que viviam dentro de muita gente parecem ter ganho vida. De repente, o feed de qualquer rede transformou-se numa espécie de concurso ao estilo ‘a minha quarentena é melhor que a tua’. E, para os que andam mais distraídos, se o quiserem confirmar basta fazer scroll durante dez segundos no vosso Instagram ou no Facebook. A oferta é vasta e diversa: aulas de yoga às 06h da manhã, tele-escola/atividades com os filhos, clássicos da literatura, pão biológico caseiro, aulas de pintura às 18h, workshops de make-up… e mais triliões de atividades que só de as descrever já me sinto cansada.

 

A competição (até neste assunto!!) tornou-se real e a luta por quem mostra uma quarentena ‘perfeita’ também. Ao olharmos para as redes parece que estamos perante um concurso de produtividade, onde o mais importante é mostrar ao mundo que, mesmo fechados em casa, somos incríveis e que rentabilizamos muito bem o tempo. Acreditem que eu também sou daquelas que adoro rentabilizar o melhor possível as 24h do meu dia e adoro ter agenda cheia, onde chego ao fim do dia com a sensação de que consegui ‘enfiar o Rossio na Rua da Betesga’ mas, desde que estamos a viver esta situação, que não me sinto assim.

 

A verdade é que me tenho sentido mais preguiçosa que o habitual. O exercício quase parou (apenas faço umas corridas curtas de vez em quando), só me apetece comer porcarias, o sofá chama por mim a toda a hora e os pijamas também (até reforcei o stock!) e perdoem-me mas, realmente eu não fui feita para quarentenas. O facto de me sentir assim só piora quando abro as redes, onde um conjunto de pessoas tenta ‘vender’ a imagem de que estão a levar o seu isolamento com muita facilidade quando possivelmente choram por dentro um bocadinho todos os dias. Sabem que não tem nada de errado mostrar que não somos nem super homens nem super mulheres, não sabem? As nossas fragilidades também podem ser muito bonitas. Está sempre tudo bem? Não. Se vamos todos ficar bem? Claro que sim!

21
Abr20

A mão invisível

Alex

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Quase de um dia para o outro vimos a nossa vida mudar por completo. Aquilo que tínhamos como certezas e como garantido alterou-se sem que muitos de nós, nesse momento, percebêssemos bem a dimensão do que viria pela frente. De repente, vimo-nos confinados às nossas quatro paredes, não por escolha mas antes por uma ‘imposição’ (que realmente se impunha pela saúde de todos!!). Quando digo escolha não falo do isolamento voluntário a que muitos aderiram logo mas no sentido em que não nos fechámos em casa porque nos apetecia isso a outra coisa qualquer. Fizemo-lo por que tinha de ser.

 

A verdade é que cada um tem lidado com o chamado distanciamento social à sua maneira. No meu caso, nunca fui a pessoa mais caseira do mundo. Sabe-me bem, de vez em quando fazer um domingo de sofá, mantas e séries mas quando o faço é por opção e porque necessito abrandar. Por norma, a minha agenda é sempre bastante cheia entre treinos, voluntariado, jantares, concertos e mil eventos culturais que não gosto de deixar escapar. Sou pessoa de pessoas e não me canso de o dizer. Confesso que me faz falta o contacto e a proximidade física, que espero que possamos retomar em breve. Mas, para já, parece-me que continuaremos fechadinhos nos nossos lares.

 

A mim em particular, o facto de estar por casa tem-me posto alguns desafios. Nunca fui escrava do lar, isto é, nunca deixei de fazer outros programas porque tenho que encerar o chão, esfregar a cozinha até esta brilhar ou engomar roupa no dia X porque, caso contrário, o mundo acaba. Isto para dizer que, como costumo passar pouco tempo em casa, não sou propriamente uma fada do lar. Tive a felicidade de ter uma boa educação e sempre fui a habituada (na infância, muitas vezes literalmente obrigada!!) a ter que saber fazer tudo em casa. E sei! Se adoro? Não! Mas, nesta fase, e tendo ficado sem ajuda pelas razões óbvias, sinto que nunca dediquei tanto tempo às lides domésticas como agora. Sinto que passo os dias entre a cozinha, a sala e o quarto sempre em loop. A verdade é que, qual mão invisível, as coisas vão aparecendo feitas em casa. E não há como escapar a isto. Para mim, é aborrecido e maçador. Há coisas piores, claro que sim. Mas hoje, tenho saudades dos dias em que não tinha que me preocupar sete dias por semana com este tipo de questões.

 

30
Mar20

Olá Podcast

Alex

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Quantas vezes damos por nós a procrastinar sobre coisas que queremos tanto fazer? Sim, é essa a resposta. Imensas vezes. Achamos sempre que amanhã é que vamos conseguir ter disponibilidade suficiente, que na semana seguinte é que vamos ter aquele buraquinho na agenda, que no próximo mês é que a coisa se vai dar. E assim se passam vários meses sem que nada aconteça. Já tive oportunidade de escrever aqui no blog sobre o timing das coisas (https://astralhasdaalex.blogs.sapo.pt/o-timing-das-coisas-14165) e continuo a acreditar que o timing é um dos principais responsáveis para que as coisas aconteçam na nossa vida nos momentos certos.  Foi assim que, neste tempo de clausura forçada, resolvemos (o Sr. Tralhas e eu) dar vida a um projeto sobre o qual já havíamos falado tantas vezes mas que a quantidade de compromissos encavalitados na agenda ainda não tinha permitido.

 

Assim nasceram As Tralhas D’Eles, em ligação com o blog, que não são mais do que um conjunto de conversas simples e despretensiosas sobre temas ligados com a atualidade, novas ideias e projetos, sobre sociedade, tecnologia, música, literatura, emoções, livros, escrita e sociedade. Vão encontrar episódios bem dispostos e cheios de sugestões. Para já estamos disponíveis para que nos possam ouvir no Spotify e no Sound Cloud mas contamos, em breve, estar também presentes noutras plataformas das quais aguardamos aprovação.

 

Espero que nos sigam, que partilhem e que nos façam chegar também o vosso feedback que é tão importante para nós. Deixo-vos o email através do qual nos podem (e devem!) escrever: astralhasdeles@gmail.com. Só mais uma coisa, nesta fase, mantenham-se por casa (saindo mesmo só para o indispensável). Quanto mais nos resguardarmos agora, mais cedo voltaremos a retomar o nosso dia a dia normal. Vamos todos ficar bem, ok? Palavra de escuteiro! ;)

 

18
Mar20

O que visto e a história que conto

Alex

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‘We dress to tell a story about ourselves and if there is no one to hear our narrative, we’ve been put on mute – turned into mere ectoplasm in pajamas’ in The Washington Post

 

Vivemos tempos desafiantes num mundo global onde um novo vírus veio abalar as nossas certezas e a forma como damos tudo o que temos como garantido. Só em situações limite como a que atravessamos é que percebemos que, de um momento para outro, tudo muda e vemo-nos a braços com algo que jamais pensámos ter que vir lidar. Isso implicou muitas alterações no nosso quotidiano e uma das principais foi o facto de termos que optar por diminuir o contacto social para conter a propagação do vírus, o que significou, nalguns casos ter que trabalhar a partir de casa.

 

Quando saímos para trabalhar, seja em que área for, vestimo-nos de acordo com a nossa profissão. E, mais do que isso, vestimo-nos de acordo com a história e a mensagem que queremos passar. Os advogados e os homens de negócios nos seus fatos clássicos, os informáticos nos seus hoodies, os operários fabris nos seus macacões. Todos eles passam uma determinada mensagem à sociedade. Desta forma, a maneira como escolhemos vestirmos confere-nos um sentimento de pertença/conetividade a algo. Quando temos que ficar em casa em teletrabalho (nas profissões que assim o permitam!) acabamos por não ter uma audiência direta e, por isso, não temos ninguém a validar a nossa narrativa. Pessoalmente, acredito que, estando a trabalhar a partir de casa, seja difícil separar o que é trabalho do que é lazer. E isso pode começar na forma como nos vestimos. Se ficarmos em pijama ou fato de treino o dia todo é mais fácil perdermos o foco. Parece ridículo, mas as roupas permitem-se criar limites e isso é bom neste caso.

 

Assim, se estão por casa a trabalhar, não deixem de ter uma rotina e arranjem-se como se realmente fossem sair para o vosso local de trabalho. Não se deixem arrastar por casa naquela roupa confortável, que é ótima mas que nos pode arrastar para um mood meio estranho. Ao arranjarmo-nos estamos a contribuir para ajudar a compartimentar os vários momentos do dia e a eliminar a sensação de ‘não sei onde começa e acaba a jornada de trabalho’. Como li no artigo do The Washington Post, ‘As nossas roupas contam uma história. O que acontece à narrativa quando são só pijamas e sweats?’. Por isso, toca a cuidar da nossa auto estima. Se nos sentirmos bem também trabalhamos melhor. E, em menos de nada, tudo isto não passará de uma história para contar.

09
Mar20

Peças com História no Cantinho do Vintage

Alex

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O Sr. Tralhas e eu decidimos mudar de casa. Como tal, e porque temos obras de remodelação para fazer, temos passado algum tempo entre lojas de mobiliário, sites de decoração e lojas de bricolage. Este fim de semana aproveitámos uma venda de garagem e visitámos o Cantinho Vintage em Marvila, que acaba de inaugurar um enorme armazém loja com cerca de cinco mil metros quadrados na Rua do Açúcar, 19 (Lisboa). Este projeto nasceu da paixão de dois desconhecidos pelo mobiliário e pelo universo vintage aliado a muitas viagens pelo mundo. Foi desta combinação que surgiu o Cantinho do Vintage, um espaço onde é possível encontrar mobiliário entre os Anos 20 e 80 e vários objetos com história, design nórdico, industrial e ainda várias peças de decoração e iluminação.

 

No nosso caso fomos à procura de peças únicas, daquelas que fazem a diferença no decor de uma divisão. Temos escolhido mobiliário de várias lojas mas queremos fugir um pouco às peças das lojas mais convencionais (nada contra que também temos bastantes) que fazem com que as nossas casas pareçam saídas de um qualquer catálogo do IKEA. Por isso, uma ou outra peça vintage são sempre bem-vindas numa arquitetura que queremos moderna, simples e despretensiosa. E, para tal, o Cantinho do Vintage é um pequeno paraíso onde se podem encontrar várias peças de mobiliário e acessórios de decoração de outros tempos desde mesas, estantes, carrinhos, armários, candeeiros, cadeiras, poltronas, telefonias, jukeboxes e um sem fim de objetos.

 

Neste espaço sentimo-nos a fazer uma pequena viagem no tempo por entre peças cheias de personalidade. Para quem é fã de decoração e, sobretudo, deste tipo de mobiliário a minha sugestão é que vá com tempo para descobrir todas as novidades do espaço. Aproveite que está na zona e faça um lanchinho no Café com Calma, onde a decoração também é simplesmente deliciosa onde somos automaticamente transportados para uma Lisboa dos Anos 70. Boas compras!

 

 

O Cantinho do Vintage

Sábado das 11h às 19h

De quarta a sexta das 14h às 19h

Rua do Açúcar, Nº 19 – Marvila (Lisboa)

05
Mar20

E tu, tens coração?

Alex

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Dizem que as crianças são sempre muito genuínas no que falam. Ontem, na instituição onde sou voluntária, uma menina de cerca de 18 meses perguntou-me inesperadamente: ‘Alexandra, tens coração?’. A pergunta desarmou-me mas lá lhe respondi que sim. Expliquei-lhe que ela também tinha e que era lá que guardávamos as coisas boas que nos acontecem e as pessoas que mais gostamos. Perante tal explicação perguntou-me se ela estava no meu coração. Respondi-lhe que sim e ela sorriu e abraçou-me. As crianças com a sua simplicidade de pensamento deixam-nos a nós adultos a pensar sobre coisas complexas como o amor, por exemplo.

 

Será que temos o coração no lado certo do peito? Será que guardamos lá dentro mais coisas do que seria desejável? Será que existem pessoas que o têm ‘avariado’? Será que muitos têm uma pedra no lugar do coração? Se me conhecem minimamente sabem que sou sempre a favor do amor e das emoções (tantas vezes em detrimento da razão!). Acho que o que nos diz o coração mais do que a cabeça é a emoção real, ou seja, é aquilo que sentimos genuinamente. E é por isso que as crianças são tão autênticas porque lhes saem as coisas de dentro, da voz do coração. Não racionalizam, não se inibem por preconceitos ou ideias pré concebidas, não têm demasiada bagagem que os condiciona no que dizem.

 

E acreditem que a beleza do amor está, quase sempre, na sua simplicidade. Como partilhava com o Sr. Tralhas esta semana, o amor é simples. É saber ser luz em dia de tempestade, é saber sorrir em dia de choro, é saber calar em dias ‘não’, é saber ser um abraço que é casa. O amor não se importa se és alto ou baixo, se és magro ou gordo, se és novo ou velho, se és branco ou às cores. Amor é simplicidade. Amor é ser singelo e genuíno. Amor é ter um coração assim. Como o da C. Cheio de coisas boas.

04
Fev20

Sobre preparar

Alex

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Na semana passada ao ouvir uma entrevista na rádio que correu menos bem fiquei a pensar em como muitas vezes descuidamos a preparação de um encontro. O mesmo se aplica a uma reunião com um cliente, a uma entrevista de trabalho ou a um primeiro encontro amoroso. Acredito que um bom trabalho de casa fará toda a diferença no resultado final. Esta preparação é, no entanto, exigente. Uma exigência de tempo e cuidado, onde invariavelmente, demora tantas vezes mais a preparação do que o encontro em si. Numa primeira fase parece-me fundamental fazer um bom diagnóstico. Só com uma boa identificação da situação poderemos fazer um bom trabalho. É importante saber quem é o nosso interlocutor, como se comporta, o que gosta, quais são os seus ‘triggers’ e principais motivações, quais as suas necessidades reais. É importante investigar, por exemplo, no caso de uma entrevista qual o estilo de condução da mesma, que perguntas irá o nosso interlocutor fazer, quem é a pessoa que está do outo lado.

 

A preparação exige também da nossa parte um conhecimento sólido do produto. Sem este conhecimento profundo do que estamos a ‘vender’ não teremos tanto sucesso na hora de fechar negócio. Isto torna-se tão mais importante na hora de conseguirmos saber dar resposta às objeções que possam chegar. Saber qual é o nosso posicionamento, saber onde queremos chegar e que mercados queremos atingir também faz parte das condições básicas de uma boa preparação. É preciso ser cirúrgico, assertivo e eficaz e muito disto se consegue com uma estratégia bem clara e definida, ou seja, sabermos exatamente qual é o caminho necessário para atingirmos determinada meta.

 

Todo o trabalho de preparação é-nos útil em muitas matérias no nosso dia-a-dia. No meu caso, sempre fui muito cuidadosa neste capítulo e, a maior parte das vezes, tenho-me saído bem. Não significa que em algumas situações não possa ter sido surpreendida com alguma coisa que não previ mas por norma preparo um bom dossier e estudo-o o melhor que posso. Se vou para uma entrevista de trabalho, por exemplo, procuro conhecer bem a organização e o interlocutor/entrevistador. Se tenho uma reunião com um cliente, tento ao máximo fazer um bom diagnóstico do mesmo (que muitas vezes passa por questionar, extraindo daí a máxima informação possível) ou ainda se tenho um primeiro ‘date’ não há nada como um passeio pelas redes sociais do dito cujo para me dizer bastante sobre o tipo de pessoa com quem me vou encontrar. Acredito mesmo que uma boa preparação não tem segredos, apenas trabalho. E é isto que, contas feitas, poderá fazer a diferença no resultado final.

23
Jan20

Sobre investimentos

Alex

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Confiança. É o ‘asset’ mais valioso nos dias de hoje. Seja no campo pessoal ou profissional esta pequena palavra é a base para se construir algo sólido. A meu ver, atualmente, assumiu ainda maior importância nesta sociedade do imediato e onde as relações são vividas num plano demasiado superficial. A confiança é um ativo estrutural na construção de um caminho conjunto entre duas pessoas e/ou entidades. Se não acreditarmos nos princípios e valores de quem está ao nosso lado ou a trabalhar diretamente connosco não temos nada. O mais provável, nesses casos, é que a relação não tenha grande futuro.

 

No amor, acredito que a confiança é um dos princípios fundamentais para a construção de uma relação consistente e duradoura. É com confiança e respeito pelo namorado(a), companheiro(a), marido ou mulher que se começa a construir algo. Se pensarmos bem, afinal uma casa não se começa a construir pelo telhado, verdade? Começamos a construir a casa pelos alicerces e pela base. É logo aí que surge a confiança. Temos que acreditar que quem está ao nosso lado quer o nosso melhor e que, no meio de tantas opções (e acreditem que hoje há demasiadas!!), nos escolheu a nós sem que nada o/a obrigasse. Se assim acontece, então é porque realmente somos especiais. É acreditar que contamos sempre com a sua verdade e honestidade, mesmo que em alguns momentos possa doer. É acreditar que vamos ter sempre ao nosso lado a melhor versão do outro. Porque merecemos e porque escolhemos confiar. E, no amor, sem esta confiança em nós e no outro não somos nada.

 

Também no trabalho e nas empresas se pode aplicar o mesmo princípio, sobretudo quando se trabalha diretamente com clientes. Sem o fator confiança nada acontece. Porque os clientes não acreditam, ou seja, não compram a ideia de que aquela é mesmo a melhor solução para eles. Mas será que os podemos culpar? A verdade é que hoje a competitividade faz com que, nas empresas se queiram atingir resultados imediatos. E como em qualquer relação, a confiança não se ganha de um ‘pé para o outro’. É necessário tempo para que as pessoas se conheçam, para que saibam exatamente as suas necessidades e limites, para se ‘namorarem’. Só assim existem condições para que se estabeleçam relações de confiança e se para que se atinjam novos patamares (chamem-lhe negócios, se preferirem!). Assistimos hoje a uma falta de confiança generalizada que se instalou na sociedade devido a comportamentos menos próprios de um conjunto de pessoas/entidades que acabaram por conduzir ao desinteresse das pessoas nas mais diversas áreas desde a saúde, à educação, passando pela política ou economia. Sem confiança não existe espaço para que nada se desenvolva. Ela (a confiança) é, sem dúvida, um dos mais poderosos ativos que temos.

14
Jan20

Porto // Agenda Gastronómica

Alex

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Quem me conhece sabe bem o quanto gosto do Porto. Como já não visitava a cidade há uns tempos, aproveitei que a agenda do Sr. Tralhas estava livre de concertos este fim de semana, e rumámos a norte. Com o São Pedro a colaborar e um sol de inverno incrível deu para aproveitar para passear bastante nestes dias. Locais de paragem obrigatória são sempre a Baixa, um périplo pelas lojas da Rua de Santa Catarina, um passeio entre a Foz e a Ribeira e ainda passar o rio pela ponte D. Luís a pé e contemplar a vista da cidade no cais de Gaia. Adoro esta espécie de ritual que faz sempre parte das minhas visitas à cidade. Aproveito sempre também para experimentar novos espaços que ainda não conheço, como por exemplo, restaurantes.

 

Com uma agenda gastronómica a rebentar pelas costuras, o tempo é sempre pouco. Qualquer das formas ainda deu para experimentar muita coisa numa escapadela curta. Assim, aqui ficam duas sugestões de locais que gostei particularmente. Um para jantar e outro para tomar um brunch domingueiro. Confesso que estive tão absorvida em disfrutar as refeições que acabei por não documentar nada em fotos, pelo que as que podem encontrar aqui fui surripiá-las ao Google! Preparados? Aqui ficam as sugestões:

 

 Flow

Uma pinta de restaurante! Não é propriamente uma novidade no Porto mas ainda não tinha tido oportunidade de conhecer. E, deixem-me que vos diga que é capaz de ter tido passagem direta para o meu Top 5 de restaurantes. Entre a decoração do espaço, a ementa e o atendimento tudo contribui para uma melhor ou pior experiência gastronómica. No Flow foi tudo ótimo. Quem passa à porta do restaurante na Baixa do Porto está longe de imaginar que ali se esconde um espaço amplo com uma decoração estilo neo-árabe com paredes de tijolo, candeeiros e cadeiras de palhinha. Grandes ventoinhas penduradas do teto de pé alto conferem-lhe também um toque algo industrial. Apesar de ampla, a sala é bastante confortável. O atendimento é simpático e eficaz sem ser intrusivo e a comida surpreendeu pela qualidade e quantidade (!!). De entrada escolhemos as vieiras com ovo de codorniz, creme de couve-flor trufado com cebolinho, ovas negras e mini eryngue que não desiludiram. Para prato principal, o Sr. Tralhas, como bom amante de carne que é, elegeu o Entrecôte Black Angus Grelhado, Batatas de Especiarias e Legumes Grelhados e eu optei pelo Ravioli de Bochecha de Vitela, Cogumelos Shimeji, Vinho do Porto, Mousse de Parmesão e Aceto Balsâmico que estava delicioso. Finalizámos a refeição com um Cheesecake de Amendoim e Caramelo Salgado de comer e chorar por mais. A refeição foi regada com um Herdade dos Grous Reserva 2017. Contas feitas, o Flow não é propriamente um restaurante económico mas que vale cada euro que pagámos. Vamos, certamente, regressar.

Preço médio 2 pax: 70€

 

Camélia Brunch Garden

Abriu em Abril de 2019 e é, possivelmente, um dos espaços mais instangramáveis da cidade do Porto. Ao fim de semana é, sobretudo, local de paragem para o brunch, pelo que é melhor levar alguma disponibilidade mental para estar à espera. No nosso caso, com alguma sorte e como éramos apenas dois, não tivemos que aguardar muito por mesa (mais difícil para grandes grupos). O Sr. Tralhas optou pelo menu brunch (12,50€) que é servido durante todo o dia e composto por sumo natural; ovos benedict ou tosta de frango; panqueca de nutella ou manteiga de amendoim e ainda chá ou café. Eu optei por um Bowl de Iogurte Natural, frutas e granola, um sumo de frutos vermelhos, hortelã e laranja e uma panqueca de maçã verde com maple syrup. Acabei por provar a tosta de frango do marido que estava deliciosa. As panquecas do Camélia superaram as minhas preferidas no Porto (as  d'O Diplomata). A desilusão acabou mesmo por ser o café que é muito amargo (eu nem me atrevi a provar!). Mas, no geral, boa pontuação para esta novidade!

 

 

 

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