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As Tralhas da Alex

24
Abr20

A minha quarentena é melhor que a tua!

Alex

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Parece que estamos todos de quarentena menos as redes sociais. Desde que começou a saga do isolamento obrigatório que, os/as influencers digitais que viviam dentro de muita gente parecem ter ganho vida. De repente, o feed de qualquer rede transformou-se numa espécie de concurso ao estilo ‘a minha quarentena é melhor que a tua’. E, para os que andam mais distraídos, se o quiserem confirmar basta fazer scroll durante dez segundos no vosso Instagram ou no Facebook. A oferta é vasta e diversa: aulas de yoga às 06h da manhã, tele-escola/atividades com os filhos, clássicos da literatura, pão biológico caseiro, aulas de pintura às 18h, workshops de make-up… e mais triliões de atividades que só de as descrever já me sinto cansada.

 

A competição (até neste assunto!!) tornou-se real e a luta por quem mostra uma quarentena ‘perfeita’ também. Ao olharmos para as redes parece que estamos perante um concurso de produtividade, onde o mais importante é mostrar ao mundo que, mesmo fechados em casa, somos incríveis e que rentabilizamos muito bem o tempo. Acreditem que eu também sou daquelas que adoro rentabilizar o melhor possível as 24h do meu dia e adoro ter agenda cheia, onde chego ao fim do dia com a sensação de que consegui ‘enfiar o Rossio na Rua da Betesga’ mas, desde que estamos a viver esta situação, que não me sinto assim.

 

A verdade é que me tenho sentido mais preguiçosa que o habitual. O exercício quase parou (apenas faço umas corridas curtas de vez em quando), só me apetece comer porcarias, o sofá chama por mim a toda a hora e os pijamas também (até reforcei o stock!) e perdoem-me mas, realmente eu não fui feita para quarentenas. O facto de me sentir assim só piora quando abro as redes, onde um conjunto de pessoas tenta ‘vender’ a imagem de que estão a levar o seu isolamento com muita facilidade quando possivelmente choram por dentro um bocadinho todos os dias. Sabem que não tem nada de errado mostrar que não somos nem super homens nem super mulheres, não sabem? As nossas fragilidades também podem ser muito bonitas. Está sempre tudo bem? Não. Se vamos todos ficar bem? Claro que sim!

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